sexta-feira, 22 de março de 2013

Brassando uma witbier e mais uma weiss

Hora de retomar o site, depois de meses sem postagens, mas com muitas histórias para contar. Desde agosto passado foram mais dez brassagens e várias coisas aconteceram neste período. 

Mas vamos lá.

Após a brassagem da terceira weiss foi o momento de inovar e tentar fazer uma witbier. Procurando uma receita do estilo, encontrei uma bem interessante no site da AcervAPaulista (infelizmente o link original foi desativado) que se propunha a ser similar a Hoegaarden, uma referência no estilo.

Receita no BeerSmith, com pequenas alterações.
Uma witbier verdadeira leva grão de trigo não maltado (até 50%), mas como primeira brassagem do estilo (e como não sabia onde comprar o grão) acabei por optar pela utilização do malte de trigo.

A brassagem foi tranquila, no entanto o recipiente que eu havia comprado para colocar as cascas de laranja e também o coentro foi pequeno e tive de reduzir a quantidade utilizada. Mais uma lição a ser aprendida.

Ao final foram aproximadamente 25 litros no balde, mas o resultado final eu conto no próximo post.

Fechando o mês de agosto, brassei ainda uma outra weiss, que fiz para o aniversário de meu sogro (cujo apelido é Baleia) e que chamamos carinhosamente de BalAle Weiss.

Como havia comprado mais alguns livros, peguei uma receita de Paulaner do CloneBrews e tentei adaptá-la para nossa realidade, trocando a levedura líquida (Wyeast 3056 ou 3333) pela levedura seca (Fermentis WB-06). 

"Paulaner cover"
Foram muitas mudanças, se comparado com a weiss anterior: troca do malte pilsen pelo pale ale, adição de malte munich e troca do lúpulo americano por um lúpulo alemão.

A brassagem correu tranquila, mas houve um pequeno incidente: quando o mosto começou a ferver, não reduzi a chama e simplesmente joguei o lúpulo na panela. Saí do local e quando voltei parte do lúpulo havia sido ejetado da panela junto com a espuma da superfície... Nova brassagem, nova lição: nunca dê as costas para seu mosto quando jogar o lúpulo na panela. ;-)

No próximo post o resultado final das três brassagens do mês de agosto de 2012.

3 comentários:

  1. Parabéns, novamente, pelo blog. Muito legal!
    Minhas dúvidas:

    Qual foi o custo em matéria prima de cada brassagem? Da wit e da Paulaner clone.
    Quantos litros renderam cada uma?
    Esse livro que tu ta usando, tem somente em inglês?

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    Respostas
    1. Opa.

      Cara, são 3 custos básicos de insumos: maltes, leveduras e lúpulos. Aí depende muito mesmo do tipo de levedura que tu vai usar (seca ou líquida) e também do lúpulo.

      Pensa em torno de R$35-40 para os maltes (média), R$30 para o lúpulo (mas tu vai usar ele mais umas 7 ou 8 vezes) e mais R$10 a R$36 para a levedura (depende se tu vai usar seca ou líquida, se vai fazer propagação, etc...).

      Hoje eu estou fazendo receitas de 30 litros e poderia mandar para o balde uns 31, 32 litros. No entanto os baldes das WE comportam no máximo 27 (precisa de espaço para fermentar, senão vaza (e muito) como ocorreu ontem - tu viu a foto no Facebook).

      O livro que eu tô usando é em inglês. Tem um outro em inglês com receitas para uso de grão (all grain, que é o normal da cerveja caseira no Brasil).

      Assim que der eu faço um pequeno post com alguns livros legais sobre o assunto.

      []s

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