quarta-feira, 30 de maio de 2012

Hoegaarden Wit

A cerveja mais refrescante que já tomei: essa foi a sensação que tive ao degustar a Hoegaarden Wit, uma witbier que combina perfeitamente com os dias quentes de nosso verão (mas que devo acabar consumindo em qualquer época do ano, pois achei muito saborosa).

Clara e bastante turva, ao servir no copo a Wit lembra inicialmente as cervejas do estilo HefeWeissbier (Paulaner, Kaiserdom, Erdinger), mas a coloração mais esbranquiçada já demonstra tratar-se de uma cerveja diferente. No primeiro gole a sensação refrescante, muito mais acentuada do que nas cervejas Weiss, vem à tona, acabando com todas as dúvidas restantes. 

A percepção inicial deve-se basicamente ao fato de ambos estilos serem de cervejas não filtradas, com sedimentos (leia-se levedura), motivo pelo qual são turvas. Apesar de ambas utilizarem malte de trigo, uma das principais diferenças entre os estilos é que a witbier tem adição de especiarias como sementes de coentro e cascas de laranja (talvez estes sejam os grandes responsáveis pela forte sensação de refrescância).

Vencedora da World Beer Cup 2008, a Hoegaarden Wit é uma forte representante desse estilo clássico belga, também conhecido como Belgian-Style White, e que, localmente, é também representado pela  Fiona, produzida pela Caverna dos Ogros (saiba mais neste post), que, para dar um toque mais brasileiro conta com a adição de pimenta malagueta, proporcionando uma sensação picante que continua se manifestando na garganta após o término do copo. 

Com fermentação final na garrafa (saiba mais sobre o processo de fabricação neste link), a Wit garante uma carbonatação natural que junto a sedimentação, sabor suave, amargor médio e uma leve acidez faz desta cerveja uma opção atraente para quem gosta de uma cerveja leve e ao mesmo tempo saborosa.

Recomendo.
  • Nome: Hoegaarden Wit
  • Estilo: Witbier
  • ABV: 4,9% 
  • País de origem: Bélgica
  • Cervejaria/Grupo: Inbev
  • Temperatura ideal para consumo: 9C a 10C
  • Harmonizações recomendadas: frutos do mar e comidas leves 
Mais informações: Site da Hoegaarden

domingo, 27 de maio de 2012

Espaguete com mexilhões

Dando início aos posts culinários do blog, a receita de hoje é Espaguete com mexilhões.


Ingredientes 

  • Meio pacote de Espaguete Barrila número 7
  • 500gr de mexilhões
  • Uma cebola
  • Dois dentes de alho
  • Dois tomates maduros
  • Dois caldos de legumes
  • 50gr Manteiga
  • 50ml de vinho branco seco
  • Sal à gosto
  • Queijo parmesão à gosto

Como faz? 

Numa panela ferva 2,5 litros de água. Adicione uma pitada de sal, um fio de óleo e um caldo de legumes. Espere ferver e então coloque a massa na panela. Quando estiver al dente escorra a massa e prepare para servir. Em paralelo, vá preparando os mexilhões. 

Coloque sal à gosto nos mexilhões e reserve. Pique a cebola, os dentes de alho e os tomates. Coloque o alho, a cebola, a manteiga e o caldo de legumes restante na panela e deixe fritar, mexendo eventualmente para que não grudem no interior da mesma.

Quando a cebola estiver macia e dourada adicione o vinho e deixe evaporar, mexendo sempre. Após adicione os tomates picados. Assim que o tomate começar a desmanchar e o molho estiver ficando consistente, adicione os mexilhões, misture bem e deixe cozinhar em fogo alto por aproximadamente 10 minutos. 

Servindo

Para servir utilize um prato fundo. Sirva inicialmente a massa em ninhos e cubra a mesma com os mexilhões e o molho. Adicione o queijo parmesão ralado (de preferência na hora) e o tomate cereja. 

Algumas folhas de sálvia ou manjericão proporcionam um aroma delicioso e dão um toque refinado ao prato. 

Mas onde entra a cerveja? 

Como trata-se de um prato com sabor leve aconselhamos que seja servido com uma cerveja do estilo Kölsch (a Baldhead é excelente e, por ser nacional, é mais fácil de achar e tem um preço justo) ou então Weizenbier (Paulaner, Maisel's Weisse ou Erdinger são boas pedidas, mas existem também bons exemplares nacionais),  para que nenhum sabor fique muito pronunciado com relação ao todo. 

Sugere-se também que frutos do mar sejam harmonizados com cervejas do estilo Belgian Strong Ale, mas cremos que especialmente neste caso haveria um choque de sabores, que prejudicaria a degustação do prato.

VII Encontro Aberto da Acerva Gaúcha

Sábado, 26 de maio de 2012. Poderia ser somente mais um sábado qualquer, mas não era este o caso: ontem era o dia do VII Encontro Aberto da Acerva Gaúcha.

Com 3000 litros de cerveja disponíveis (distribuídos em mais de 100 cervejas de aproximadamente 40 estilos diferentes) para serem degustados pelos 1200 participantes presentes durante as 5 horas do evento, o encontro aberto foi novamente um sucesso. 

Chegamos no local e logo que o acesso foi liberado adentramos a Casa do Gaúcho, no Parque da Harmonia em Porto Alegre. Logo na entrada já pude perceber que o espaço estava mais amplo, com uma melhor disposição dos cervejeiros. Outra mudança percebida foi a colocação de mesas no centro do salão onde estavam dispostas bombonas de água mineral para que os participantes pudessem limpar o paladar antes de servir uma nova cerveja. Uma novidade muito útil e bacana também foram dois lavadores que estavam colocados próximos ao palco para permitir a lavagem dos copos.

Sentamos numa mesa próxima as cervejas e logo já fomos descobrir tudo de bom que o evento tinha para oferecer. Foi quando percebi outra mudança importante: grande parte das cervejas estavam dispostas de forma que o próprio participante pudesse se servir. Achei isso fantástico.

Dei então uma parada na Caverna dos Ogros e me servi da Fiona, uma witbier com pimenta malagueta que achei fantástica.

Fiona - Witbier com pimenta
Fiquei sabendo logo depois que a Fiona foi enviada para participar do VII Concurso da Acerva e espero que a mesma ganhe, pois gostei da inovação. Depois da Fiona, foi a vez de experimentar a Esquadrilha da Fumaça, uma Rauchbier da Cerveja Avião, do Sylvio Marmora, que me agradou bastante também. 

Enquanto degustava outra cerveja adquiri no local o meu exemplar da Revista da Cerveja, publicação trimestral que estava sendo lançada no encontro. Com um bom mix de matérias que incluem, entre outras coisas, reportagens sobre bares, análises sensorias e receitas/harmonizações, a revista, que custa apenas R$ 10,00, é uma excelente pedida para quem gosta de cerveja e quer saber mais sobre o assunto.

Uma cerveja aqui, outra cerveja ali, e logo em seguida, para dar uma amenizada na fome antes da chegada do almoço, foram servidos pães com alho e salsichões, que ajudaram a minimizar os primeiros efeitos do álcool.

Algumas cervejas depois e chegou o almoço: o churrasco servido foi um momento de pausa e um descanso para o fígado, mas logo em seguida já estávamos novamente apreciando as cervejas disponíveis.

Num evento deste porte, com tantos estilos diferentes sendo saboreados, é realmente difícil fazer uma degustação apurada das cervejas, mas vou tentar dar uma breve opinião do que achei das cervejas que tomei e do que mais me marcou em cada uma delas, já que o álcool com o passar do tempo começa a atrapalhar as percepções. 

As cervejas que tomei, além das citadas anteriormente, foram (não necessariamente nesta ordem):
  • Dunkel Weizen (Caverna dos Ogros): excelente cerveja, com um aroma de banana bem pronunciado. Lembrou-me a Weizenbock da Eisenbahn. Gostei tanto que fui obrigado a repetir duas vezes.
  • Belgian Honey Blonde (Gárgula): boa cerveja, com um sabor levemente diferenciado. Segundo meu cunhado, que conversou com o pessoal da Gárgula, garrafas podem ser encontradas eventualmente no Zaffari, colocadas nas prateleiras pelos próprios cervejeiros. :-)
  • Kölsch (Baldhead): outra cerveja que chamou minha atenção e foi repetida. Diferente da Kölsch da Eisenbahn, que na minha opinião é uma cerveja sem muito a acrescentar, esta Kölsch é realmente muito gostosa e merece seu degustada sempre que possível.
  • Weiss (Sideral): uma weiss "honesta".
  • Blonde Ale (Anner): boa cerveja do estilo, achei encorpada e gostosa.
  • Green Cow (Seasons): Recomendo para quem gosta de uma cerveja do estilo IPA. Lembrou-me um pouco a Colorado Indica. Forte e com um bom aroma de lúpulo. Excelente.
  • Cirilo (Seasons): uma Coffee Stout também muito boa, que me lembrou a Colorado Demoiselle, mas com aroma e sabor não tão pronunciado. Excelente.
  • DAPA (Caverna dos Ogros): uma Double American Pale Ale lupulada e encorpada.
  • Blonde Ale (Lucas Matzembacher): refrescante e gostosa.
  • Guaranale (Marcelo Minghelli): uma Ale com Guaraná que não agradou meu paladar, mas vale a experiência.
  • Pilsen (Spok Bier): uma Pilsen refrescante e suave. Para quem curte o estilo é extremamente recomendada.
  • Extra Viva (Coruja): já tomei por diversas vezes a Coruja Viva, mas nunca havia provado a Extra Viva. Confesso que fiquei decepcionado, pois todos me diziam que esta era muito melhor, o que eu não achei. Mas vou degustá-la em outra ocasião para verificar se não foi o efeito do álcool que atrapalhou meu julgamento. :-)
  • Maria Degolada (Anner): sempre se fala muito dessa BelgianTripel, que é a bebida oficial do Bierkeller. A cerveja é tão procurada e tem tanta fama que formou filas gigantes que acabaram com os 30 litros em menos de meia hora (o mesmo já havia ocorrido no VI Encontro Aberto). Em todas as fotos que já tinha visto, sempre tive a impressão de que a Maria Degolada era uma cerveja âmbar, e, acabei recebendo uma cerveja de cor amarelada, com um sabor gostoso, mas nada que justificasse toda a fama envolvendo a mesma. Merece uma nova degustação em outra ocasião para validar a opinião que ficou.
  • Weiss (Lagom): uma das primeiras cervejas que provei, a Weiss do Lagom não me agradou, talvez por não ser como eu esperava. Quando você gosta de algo (e eu gosto de cerveja Weiss), as expectativas podem às vezes atrapalhar, o que pode ter sido o caso.
  • Oatmeal Stout (Caverna dos Ogros): forte, encorpada e com um ótimo amargor. Recomendo.
  • Santaclaus Imperial IPA2 (Thiago Santos):  essa IPA de 1200 IBUs foi realmente uma experiência inédita devido a seu forte amargor. Tomei alguns goles mas não consegui finalizar o copo. No final o forte e delicioso aroma do lúpulo que ficou no copo fez com que eu ficasse cheirando ele por alguns minutos. :-)
E, quando menos se esperava, cinco horas já haviam se passado e o evento estava chegando ao seu final, deixando um gostinho de quero mais, e um até outubro, quando deverá ser realizado o VIII Encontro Aberto.

Mas, enquanto outubro não chega, a pedida é degustar as cervejas artesanais locais nos bares, restaurantes e botecos da cidade. É só ficar de olho.

Lembranças do encontro

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comemorando o Dia Nacional do Café: Colorado Demoiselle

No Dia Nacional do Café nada mais apropriado do que degustar uma Colorado Demoiselle. Essa porter, com adição de café da região da Alta Mogiana, é uma das mais interessantes cervejas escuras que já provei.

Fabricada em Ribeirão Preto, a Demoiselle, assim como as demais cervejas produzidas pela Cervejaria Colorado prima pela criatividade e pelo sabor diferenciado, o que a torna uma degustação obrigatória para quem gosta de cervejas, principalmente escuras (não é à toa que ela é uma das poucas cervejas brasileiras listadas no livro "1001 cervejas para beber antes de morrer").

A experiência sensorial da Demoiselle inicia-se já na abertura da garrafa, quando as primeiras notas de café são reveladas. No primeiro gole é possível perceber o aroma e o sabor persistente do café que irá se manter até o final do copo. Percebe-se também uma leve doçura, e, no final das contas, uma sensação de que estamos tomando um cafezinho gelado, gaseificado, amargo e extremamente gostoso. Além disso, ao final de cada gole o amargo do café se mantém no fundo da boca, garantindo uma experiência ainda mais interessante.

A versão de 600ml pode ser encontrada nos bares e botecos de Porto Alegre por aproximadamente R$ 18. Mas, se você preferir apreciá-la em casa, ela pode ser encontrada na Costi Bebidas por aproximadamente R$ 12 (versões de 330ml também estão disponíveis). É bem provável que você possa encontrá-la também na MaltStore e nos quiosques do Mr. Beer e Beer Code

Sirva num copo do tipo Caldereta e seja feliz. :-)

Não tem a Caldereta? Improvise com um Dublin.

  • Nome: Colorado Deimoselle  
  • Estilo: Porter  
  • ABV: 6% 
  • País de origem: Brasil 
  • Cervejaria/Grupo: Colorado  
  • Temperatura ideal para consumo: 6C a 12C 
  • Harmonizações recomendadas: acompanha sobremesas, especialmente chocolates (principalmente amargo). Ou pode ser servida como a própria sobremesa.

1001 cervejas para beber antes de morrer

 Mais informações: Página da Demoiselle

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eisenbahn Pale Ale

Para deixar um pouco de lado as cervejas frutadas e mais adocicadas sobre as quais venho postando nos últimos dias, resolvi então abrir uma Eisenbahn Pale Ale. 

A Eisenbahn Pale Ale, diferente das últimas Ales degustadas, é uma cerveja de uma doçura quase imperceptível e de um amargor mais pronunciado, que persiste na boca mesmo após o último gole. 

Apesar de não estar na lista das minhas cervejas preferidas, ela é, como diz um amigo meu, uma "cerveja honesta", e me parece uma boa pedida para ser apreciada num happy hour ou numa roda de amigos. 

Eu arriscaria dizer até que ela é uma cerveja ideal para substituir as cervejas lager "de massa" nos eventos mais cotidianos, principalmente se levado em conta o seu custo mais acessível (menos de R$ 4 no Zaffari/Bourbon).

Resumindo: uma boa cerveja, sem frescuras.
  • Nome: Eisenbahn Pale Ale 
  • Estilo: Pale Ale 
  • ABV: 4,8% 
  • País de origem: Brasil 
  • Cervejaria/Grupo: Eisenbahn/Nova Schin 
  • Temperatura ideal para consumo: 5C a 7C
  • Harmonizações recomendadas: salsichas em geral, chucrute, carnes vermelhas (como carneiro com alecrim e costela de porco assada ou grelhada), frango assado com ervas, peru e pratos com condimentação média.
Mais informações: Site da Eisenbahn

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eisenbahn Strong Golden Ale

A Eisenbahn Strong Golden Ale é o tipo de cerveja que faz minha cabeça. Com uma coloração dourada convidativa e um aroma levemente frutado, ela possui um sabor adocicado que é logo compensado pelo amargor balanceado do lúpulo, numa combinação muita bem sucedida de sabores.

Com teor alcoólico elevado (8,5% ABV), é uma cerveja ideal para dias mais frios, quando, pelo menos na minha percepção, o clima contribui para o consumo de bebidas alcoólicas mais fortes.

Na minha opinião a Strong Golden Ale é uma das melhores cervejas da Eisenbahn (as outras são a Weizenbock e a Rauchbier), e, assim como os demais exemplares da cervejaria catarinense tem preços acessíveis se comparados com as concorrentes de mesmo estilo, ainda mais se levarmos em consideração as cervejas importadas. No Zaffari/Bourbon é possível comprar uma Strong Golden Ale por menos de R$ 5, o que a torna uma ótima opção para quem quer uma cerveja encorpada e com sabor delicioso.

Assim como a Leffe Blonde, por ser uma Belgian Ale, a degustação em uma taça (tulipa) ou em um cálice trapista permite uma melhor apreciação da cerveja, pois facilita a liberação dos aromas da mesma (saiba um pouco mais sobre cervejas e seus respectivos copos neste link).
  • Nome: Eisenbahn Strong Golden Ale 
  • Estilo: Belgian Strong Ale 
  • ABV: 8,5% 
  • País de origem: Brasil 
  • Cervejaria/Grupo: Eisenbahn/Nova Schin 
  • Temperatura ideal para consumo: 3C a 5C
  • Harmonizações recomendadas: frutos do mar, ostras, comida indiana e tailandesa.
Mais informações: Site da Eisenbahn

VII Encontro Aberto da Acerva Gaúcha - é no próximo sábado

No próximo sábado, 26/05, ocorre mais um Encontro Aberto da Acerva Gaúcha (Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul) e confesso que estou muito ansioso para participar novamente e degustar as cervejas que estarão disponíveis no local.

Apesar deste ser o segundo encontro aberto que participo fiquei muito impressionado com a edição anterior, tanto pela variedade quanto pela qualidade das cervejas disponibilizadas (não serei hipócrita em dizer que gostei de todas que tomei, é claro), com muitos estilos que eu ainda não havia provado na época. E, além disso, para acompanhar as cervejas foi servido um ótimo churrasco, o que deve ocorrer novamente nesta edição.

No VII Encontro já estão previstos mais de 2500 litros de cervejas (do quais mais de 1800 litros são produzidos por  cervejeiros caseiros e clubes cervejeiros) que estarão distribuídos em aproximadamente 40 estilos diferentes. Um detalhe interessante (pelo menos para mim) é que algumas destas cervejas tiveram sua brassagem realizada no workshop de 21/04, o qual participei, e será uma experiência nova degustar uma cerveja cuja parte da produção eu pude acompanhar de perto.

Pressinto que, por falta de tempo, e também de fígado para processar tanto álcool, como já ocorrido no encontro anterior não conseguirei tomar todas as cervejas oferecidas, mas c'est la vie, não faltarão outros encontros e outras oportunidades, não é mesmo? :-)

Um detalhe interessante é que os mil ingressos disponibilizados esgotaram-se 10 dias antes do evento, o que demonstra a força da cerveja artesanal e o interesse crescente do público por cervejas "especiais", o que é ótimo tanto para os consumidores quanto para os cervejeiros.

Se você ficou curioso sobre o evento e quer saber mais sobre o mesmo, acesse a página do encontro no site da Acerva Gaúcha. E, se você perdeu esta edição não fique triste, porque em outubro tem mais.

Semana que vem posto as fotos e meus comentários sobre o Encontro.

"Mise en place"

Não sou nenhuma expert em cervejas, sou apenas uma apreciadora. 

Como estudante de alta gastronomia, meu papel será o de indicar (ou pelo menos tentar) o melhor prato que combine com determinada cerveja, sem esquecer que mesmo uma cerveja excelente pode atrapalhar o paladar se harmonizada com a comida errada. 

Para isso, além dos 5 sentidos tradicionais, utilizarei também minha percepção e sensibilidade para proporcionar a melhor harmonização possível. 

Quero compartilhar também receitas criadas e também já existentes, que utilizam a cerveja como ingrediente.

Buenas vivente, até o próximo post.

domingo, 20 de maio de 2012

Bier Tasters - Zitogastronomia e um novo ponto de vista

Para reforçar o Bier Tasters, resolvi convidar minha esposa Renata para participar e ajudar a construir o blog, que passa então a ser um "hobby familiar".

Como nossos gostos são ligeiramente diferentes acredito que a participação dela tornará o blog mais interessante, pois a presença de outra opinião, que poderá concordar ou discordar com o que foi postado pode trazer um ponto de vista diferente sobre as cervejas "analisadas".

Além disso, como a Renata é craque na arte culinária, ela foi desafiada a postar sobre zitogastronomia no site, com dicas de harmonização e até mesmo, quem sabe, receitas que combinem com aquela cerveja que você tanto gosta.



Opa Bier Edição Especial Old Ale

Meu primeiro contato com a Opa Bier foi através de uma cerveja Opa Bier Weizen. Como gosto muito desse tipo de cerveja resolvi experimentá-la e fui surpreendido com o excelente sabor da mesma, que trazia o clássico aroma de banana muito característico nas cervejas do estilo. Com uma primeira impressão tão boa resolvi então, tempos depois, experimentar a Opa Bier Pielsen. Sobre essa cerveja preciso dizer que fiquei meio decepcionado pois, na minha opinião, a mesma mostrou-se somente mais uma cerveja no mercado, sem muitos atrativos (mas isso é assunto para outro post).

Passados alguns dias desde que tomei a última Opa Bier, decidi então degustar a Opa Bier Edição Especial Old Ale e tive uma grata surpresa: é uma cerveja excelente, com uma bela coloração acobreada e uma espuma muito cremosa. 

Criada para comemorar os cinco anos da Cervejaria Joinville (completados em 2011), a Opa Bier Edição Especial Old Ale possui um aroma caramelizado convidativo e um sabor adocicado, que logo é balanceado com um amargor moderado que torna a cerveja deliciosa.

Opa Bier Edição Especial Old Ale: acobreada e com espuma cremosa
  • Nome: Opa Bier Edição Especial Old Ale
  • Estilo: English Ale
  • ABV: 6,5%
  • País de origem: Brasil
  • Cervejaria/Grupo: Cervejaria Joinville
  • Temperatura ideal para consumo: 0C a 3C
  • Harmonizações recomendadas: aves, assados e sobremesas cremosas
Mais informações: Site da Opa Bier

sábado, 19 de maio de 2012

Leffe Blonde

Como primeira postagem do novo blog, creio que cabe falar de uma cerveja que me agrada bastante. Então, para começar, vou falar um pouco da Leffe Blonde.

A Leffe Blonde é uma Belgian Blonde Ale fabricada pela InBev, a gigante mundial de cervejas que nós brasileiros conhecemos tão bem. Apesar de fazer parte deste conglomerado, e, de não ser mais fabricada pelos monges da Abadia de Leffe, consta que a receita é a mesma utilizada desde 1240.

A Leffe Blonde é uma cerveja muito gostosa, com aroma frutado delicioso e muito refrescante. Ela possuiu um teor alcoólico um pouco mais elevado do que a média das cervejas tradicionais e, como as demais cervejas de abadia, convém desgustá-la em uma taça ou em um cálice trapista para que seja possível apreciar todos os aromas liberados pela mesma.
  • Nome: Leffe Blonde
  • Estilo: Belgian Blonde Ale
  • ABV: 6,6%
  • País de origem: Bélgica
  • Cervejaria/Grupo: InBev Belgium
  • Temperatura ideal para consumo: 5C a 6C
  • Harmonizações recomendadas: carnes vermelhas, presunto defumado, pratos agridoce, queijo Brie
Mais informações: Site da Leffe


Bier Tasters - o início

Como falar de um assunto que hoje é tão discutido como a cerveja? Como ser relevante, original e até mesmo interessante a ponto de criar um novo blog que vá atrair outras pessoas e fazê-las participar. 

Esse é o desafio inicial do Bier Tasters, um blog que foi criado como hobby para aliviar o stress do dia a dia, num mundo maluco e muitas vezes caótico, onde a cerveja serve também como um relaxante para deixar para trás todos os problemas e todas as atribulações diárias. 

Não tenho pretensão de fazer deste blog a referência final sobre cervejas e nem de ser o dono da verdade. Pretendo sim, falar sobre as cervejas que bebo expondo minha opinião sobre as mesmas, assim como sobre botecos, choperias, livros e tantas outras coisas relacionadas ao mundo cervejeiro. 

Com o passar do tempo, e, depois de começar a fazer a minha cerveja (o que espero que venha a ocorrer em breve), aí sim espero que o material para o blog cresça muito e o conteúdo seja naturalmente aprimorado. Mas, por enquanto, temos aqui apenas um amador, apreciador de uma boa cerveja (não há tanto tempo quanto deveria) que pretende utilizar este espaço para desopilar e se divertir. Espero que vocês apreciem o blog, e, que de alguma maneira, eu consiga fazer a diferença (por menor que seja). 

Bem vindo e até o próximo post!