sábado, 28 de julho de 2012

E a Free Beer está pronta para beber


Pouco mais de um mês depois da brassagem, a Free Beer está pronta para ser degustada.

Foram produzidos três estilos diferentes desta cerveja:

  • American Pale Ale com guaraná: produzida por Antônio Salimen e Bruno Dal Pizzol
  • Red Ale com Guaraná: produzida pelo Clube de Cervejeiros Caseiros Caverna dos Ogros
  • Blonde Ale com Guaraná: produzida por mim


APA, Red Ale e Blonde Ale (foto de Vinícius Dutra - PROGE)

Não pude bebê-la ainda para saber o resultado final, mas segundo informações que tive, pelo menos um membro da Caverna dos Ogros (Rafael Diefenthäler) provou e não identificou nenhum defeito grave (o que, obviamente, não quer dizer que não existam defeitos). :-)

Enfim, como era minha segunda brassagem eu já sabia que minha Free Beer não seria uma Delirium TremensO que me tranquilizou é que aparentemente a mesma não tem o sabor metalizado (isso era o que mais me preocupava, já que não havia feito a oxidação passiva das panelas quando fiz esta brassagem), pois, caso contrário, creio que isso teria sido percebido logo, como pudemos observar na minha primeira weiss.

Agora é hora de provar os três estilos de Free Beer produzidos. Assim que degustá-las postarei sobre o assunto, publicando inclusive as receitas para que os interessados possam também fazer sua Free Beer em casa. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eventos: 1° Encontro Aberto CERVASINOS e I IPA Day Acerva Gaúcha

Nas próximas semanas teremos dois eventos muito interessantes para quem gosta de cervejas artesanais.

1º Encontro Aberto Cervasinos

O primeiro deles é o 1º Encontro Aberto CERVASINOS, que ocorrerá no domingo, 26 de agosto, em São Leopoldo.

Segundo informações do blog da Cervasinos: "Nesse encontro, vários cervejeiros artesanais estarão reunidos, disseminando a cultura cervejeira e expondo para degustação suas cervejas ao público. Será uma ótima oportunidade para os interessados e aficionados por cervejas estarem trocando ideias e experimentando os diversos estilos de cervejas que estarão sendo oferecidos."

Acredito que será um evento nos moldes do Encontro Aberto da Acerva Gaúcha, onde a interação dos cervejeiros com o público em geral é parte da atração.

Vale a pena conferir.

Data: 26 de agosto de 2012
Horário: das 12 às 17 horas
Local: Espaço de Eventos Barril - Av. São Borja, 3125 - São Leopoldo/RS.

Mais informações e detalhes sobre a venda dos ingressos podem ser obtidos aqui.

I IPA Day Acerva Gaúcha

Outro evento que ocorrerá em breve será o tradicional workshop da Acerva Gaúcha, voltado para aqueles que pretendem iniciar a produção de cerveja caseira.


A diferença dos workshops anteriores é que nesta edição o evento ganhou o nome de I IPA Day da Acerva Gaúcha, e, além da tradicional parte técnica que abrange palestra e brassagens coletivas, o evento, que será voltado para cervejas India Pale Ale, contará com a degustação de cervejas deste estilo que foram produzidas pelo pessoal da Associação.

Imperdível para quem gosta de cervejas lupuladas.

Data: 01 de setembro de 2012
Horário: das 08:30 às 17 horas
Local: CTG Maragatos - Rua Ouro Preto, 408-A - Porto Alegre/RS

Mais informações e detalhes sobre as inscrições podem ser obtidos aqui.

sábado, 14 de julho de 2012

A segunda weiss

Dez dias depois de engarrafar a segunda produção de weiss, eis que chegou a hora de degustá-la.

Para começar, tenho de dizer que a segunda weiss ficou muito superior a primeira. A sensação metálica, percebida na primeira produção, não existe mais, assim como a adstringência, que também desapareceu. Já é possível perceber algumas nuances clássicas das demais cervejas weiss existentes no mercado.

O aroma ficou agradável e a espuma ficou cremosa, mas ainda não muito persistente (um maior tempo de carbonatação deve melhorar este ponto, assim possivelmente as próximas a serem degustadas já terão corrigido esta questão). O sabor ficou gostoso e o amargor adequado para o estilo. No entanto, a cerveja aparentemente ficou bastante alcoólica, pois uma única garrafa de 500ml foi o suficiente para "dar um brilho nos olhos", como costuma dizer um amigo meu. :-)

Gostei bastante desta cerveja e finalmente fiquei feliz com o resultado. Isso não quer dizer que não existam pontos no processo que precisam ser melhorados e que a cerveja não deva ficar ainda mais saborosa. A verdade é que ainda há um longo caminho a ser trilhado, mas é MUITO BOM perceber que estamos andando na direção correta.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Chimay Cinq Cents

O post de hoje é um breve relato sobre a Chimay Cinq Cents, cerveja que foi harmonizada com a mais recente receita postada no blog.

A Chimay Cinq Cents é uma cerveja trapista, fabricada pela Chimay Brewery na Abadia Notre-Dame de Scourmont, um monastério da Ordem Trapista, localizado na Bélgica. Famosa por suas cervejas e seus queijos, a Chimay (pronuncia-se Chimé) já foi até matéria no Globo Rural (veja a reportagem aqui).

Como todo boa cerveja tripel, a Cinq Cents tem uma graduação alcóolica mais elevada e é bastante encorpada (entenda mais sobre o conceito de cerveja encorpada neste post), atendendo as expectativas de quem aprecia este estilo. 

Com aroma levemente frutado e com notas de laranja, a Cinq Cents, que possui uma espuma muito cremosa, tem final adocicado e um amargor delicioso e bem pronunciado que se prolonga na boca. 

Recomendo!

Curiosidade: a Chimay Cinq Cents é a versão em garrafa de 750ml da Chimay Triple.


  • Nome: Cinq Cents
  • Estilo: Belgian Tripel
  • ABV: 8% 
  • País de origem: Bélgica
  • Cervejaria/Grupo: Chimay Brewery
  • Temperatura ideal para consumo: 6C a 8C



domingo, 8 de julho de 2012

Polvo com molho verde e batatas ao murro

Depois de mais de um mês sem posts culinários, eis que estamos de volta, e o prato de hoje é Polvo com molho verde e batatas ao murro.


Ingredientes

  • 1 polvo de aproximadamente 1Kg
  • 3 tomates
  • 1 pimentão vermelho
  • 1 pimentão amarelo
  • 1 cebola
  • Sal à gosto
  • Pimenta do reino (branca e preta) moída
  • Azeite de oliva
  • 800 gramas de batata baby 
  • 1 Molho de cebolinha verde
  • 1 Molho de salsinha
  • 2 limões

Como faz?

Corte o polvo em pedaços (guarde a bolsa de tinta para uma outra receita, pois ela não será aproveitada nesta). Pique os tomates (retirando a pele e as sementes), os pimentões e a cebola em pedaços grandes. Coloque na panela o polvo, os tomates, os pimentões, a cebola, suco de um limão e bastante azeite (aproximadamente 150ml). Adicione sal à gosto e a pimenta do reino (se possível moída na hora da adição). Deixe o polvo cozinhar por aproximadamente uma hora.

Enquanto isso lave as batatas e seque-as. Após, coloque-as em uma forma, adicione uma pitada de sal sob as mesmas e regue com azeite de oliva, levando então ao forno. Vire as batatas após meia hora para que elas cozinhem de forma homogênea. Após cinquenta e cinco minutos de cozimento baixe o fogo do forno.

Ao final do cozimento do polvo, coloque-o em um refratário juntando as batatas. Não utilize o caldo e os legumes do cozimento. Volte ao forno por mais quinze minutos.

Para fazer o molho coloque em um mixer a cebolinha, a salsinha, o suco de um limão, sal, pimenta do reino (moída na hora, novamente). Vá acrescentando o azeite com parcimônia até criar a consistência de um molho.

Servindo

Sirva o molho e cubra-o com o polvo e as batatas. 

Minha dica (e que a Renata não me leia): faça um arroz e cubra-o com os legumes utilizados para cozimento do polvo. Fica muito bom. :-)

E a cerveja?

A Renata já havia dito anteriormente que a cerveja ideal para acompanhar este prato seria a Chimay Cinq Cents e, apesar de ser suspeito, tenho de dizer que a escolha foi perfeita, pois foi possível apreciar todos as nuances da cerveja e do prato sem que qualquer dos elementos se sobressaísse.


Ao beber a cerveja conseguimos perceber seu aroma frutado e seu leve toque de laranja, com um final adocicado e um amargor delicioso e bem pronunciado. Ao saborear o prato, a acidez do molho realizava uma limpeza no paladar, permitindo que o mesmo fosse degustado plenamente. 

Ponto para a Renata pela bela harmonização. 

Bom apetite!!!

sábado, 7 de julho de 2012

Degustando a primeira weiss e envasando a segunda

Depois de 14 dias de fermentação entre 16 e 20 graus e mais 7 dias de carbonatação na garrafa entre 23 e 27 graus (temperatura não muito adequada), finalmente a primeira produção de Weiss foi degustada.

Bem carbonatada e com coloração adequada
Admito que perceber que minha primeira cerveja era "bebível" me deixou muito feliz, mas não fiquei satisfeito com o resultado final pois sei que ela poderia ter ficado muito melhor (ok, eu sei que eu não podia esperar que ela ficasse igual a Paulaner - pelo menos não desta vez :-) ). 

A Weiss ficou com um aroma interessante, mas há algo mais nele que não consegui identificar e que não me agrada. Ela ficou refrescante, mas com um excesso de amargor, possivelmente devido a baixa produção final (15 litros para uma receita de 25l) que deve ter contribuído para o destaque do lúpulo (eu gosto de cervejas lupuladas, mas na minha opinião, ela não ficou muito agradável ao paladar). 

O que mais me incomodou foi a adstringência (obrigado ao Chico pela observação) e um sabor metalizado que se prolonga no fundo da boca e na garganta após o término do copo (talvez tenha relação com o aroma não identificado que percebo). Dois fatores podem ter tido influência neste problema: falta de oxidação passiva das panelas (desconhecia completamente a necessidade) ou excesso de iodofor na sanitização dos equipamentos e garrafas.

Estas são lições a serem aprendidas, mas produções caseiras tem disso: fazendo e aprendendo.

Transferindo a cerveja para outro fermentador para fazer o priming
A segunda produção de Weiss, que já corrigiu alguns erros na primeira, mas onde novas falhas no processo, até então desconhecidas, foram descobertas (veja na foto acima a possível oxidação da cerveja na transferência inadequada para outro fermentador - mais um procedimento a ser aprimorado na próxima produção), foi engarrafada após 9 dias de fermentação, apenas 2 dias após o final da fermentação primária, pois o calor inesperado e a falta de equipamentos para manter a cerveja em uma temperatura controlada aceleraram o processo (para fazer cerveja no verão uma geladeira com um termostato digital TIC será indispensável). 

A segunda Weiss teve densidade inicial de 1048 (OG) e densidade final de 1007 (FG), e deve ficar com 5.5% ABV. Ela ficou bem mais aromática (devido a não realização da fermentação secundária?) e já esta carbonatando a todo vapor. Com a frente fria que chegou é possível que só possamos degustá-la lá pelo final da próxima semana, mas terei de testá-la antes, como fiz da primeira vez, mas isso é papo para um futuro post.