quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Terceira Weiss

Depois de quase dois meses sem brassagens, nada melhor do que aproveitar as férias para fazer algumas cervejas.

Assim, na semana passada, fomos na WE Consultoria onde adquirimos os insumos necessários para fazer duas Weiss e uma Witbier. Aproveitei a oportunidade e acabei comprando um novo balde fermentador para garantir que possamos fermentar duas cervejas ao mesmo tempo e ainda tenhamos sempre disponível um balde vazio para o processo de priming.

Além disso, para agilizar o processo de adição de água, compramos dois filtros de declorificação na Incomasa.

Filtros de declorificação e novas mangueiras
Novas mangueiras e engates rápidos também agilizaram os processos de adição de água e resfriamento. Uma das mangueiras foi colocada dentro de um balde cheio de gelo e conectada no chiller (próximo passo: fazer um chiller pequeno para deixar dentro do balde), permitindo que, apesar da temperatura do dia de ontem (em torno de 26 graus) o líquido fosse resfriado para pouco mais de 30 graus em aproximadamente meia hora.

Outra grande aquisição foi a compra do software Beersmith, que traz todas as ferramentas necessárias para garantir um processo eficiente de brassagem. O software custa apenas US$ 27,00 com licença para instalação em dois computadores. Uma verdadeira pechincha (e tem versão para Linux).


Nova receita de Weiss - Beersmith
Como sempre, existem lições a serem aprendidas. A de ontem foi que precisamos encontrar uma nova forma de extrair todo o líquido da panela de mosturação. Ao final do processo, desconsiderando a água que foi absorvida pelo malte, aproximadamente 3 litros de líquido acabaram ficando na panela (ou seja, são 3 litros de cerveja que deixarão de ser produzidos).

Mas, comparando a brassagem de ontem com as anteriores, além do processo ter sido pelo menos duas horas mais rápido, a quantidade de cerveja produzida foi bem mais próxima do esperado (30 litros) o que indica que estamos quase lá.

O que foi modificado nesta nova brassagem:
  • Uso do software Beersmith
  • Nova receita
  • Uso de filtros para declorificação da água
  • Melhoria no processo de adição de água
  • Melhoria na moagem dos grãos
  • Melhoria no processo de lavagem dos grãos
  • Melhoria no processo de adição do fermento
  • Melhoria no processo de resfriamento ao final da fervura
O resultado final foram 26 litros de weiss no fermentador, que depois de 5 horas da inoculação do fermento já estavam gerando movimentação no airlock.


Agora é esperar para poder envasar.

Curso: Fabricação de cerveja caseira e manipulação de fermento cervejeiro

Semana passada participamos da 2ª edição do curso de fabricação de cerveja caseira e manipulação de fermento cervejeiro ministrado pelo Dr. Glauco Caon e pela Dra. Renata Medina na PUCRS, sobre o qual eu já havia postado.

Com 20 horas de duração, o curso é recomendado para quem já faz cerveja e para quem quer começar a produzi-la, mas não tem ideia de como começar.

Foram cinco dias de muitas informações, com aulas teóricas que culminaram em uma brassagem, onde os participantes puderam interagir com os equipamentos e insumos, auxiliando na produção da nossa cerveja, a Post Mortem II.

Apesar de já ter feito algumas cervejas, adquiri muito conhecimento teórico no curso (e por que não dizer prático também) que já foi utilizado na brassagem que fiz ontem. Além disso, foi possível identificar outros erros que eu ainda estava cometendo e que precisavam ser corrigidos. Tenho certeza de que o processo está mais eficiente e o resultado final será ainda mais satisfatório do que os anteriores.

Alguns assuntos do curso:
  • História de cerveja
  • Estilos de cerveja
  • BeerSmith (excelente software, recomendo a aquisição)
  • Sanitização
  • Equipamentos
  • Insumos
    • Água
    • Malte
    • Lúpulo
    • Fermento (starter/propagação) - uma aula excelente com microscopia
  • Processo de fabricação de cervejas (mosturação, fervura, fermentação, maturação, envase)
Se você tem interesse no assunto, não perca a próxima edição. Fique de olho no blog, pois assim que forem abertas as inscrições eu postarei aqui.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lagom - Festa de 2 anos

A dica de hoje é a Festa de 2 anos do Lagom.

Para quem ainda não conhece, o Lagom é um dos poucos brewpubs existentes no Brasil (segundo o site Homini Lúpulo eles não chegam a cinco em todo o território nacional). O local possui 12 torneiras, por onde passam diversos estilos de cerveja (saiba quais são as cervejas da semana).

A festa, que acontecerá na fábrica do Lagom no bairro Anchieta em Porto Alegre, contará com as cervejas do Lagom e de outras cervejarias (até onde sei, a Anner está confirmada com suas cervejas Libertadora, Maria Degolada e a sua nova weizenbock, a Almirante Negro, assim como a Caverna dos Ogros com sua Fiona, uma witbier com pimenta) a preços promocionais, além de shows e sorteios de brindes.

Data: 15 de setembro de 2012
Horário: das 14 às 20 horas
Local: Lagom Brewery 
Endereço: Ângelo Dourado, 118 - Bairro Anchieta - Porto Alegre

Ingressos à venda no Lagom (Rua Bento Figueiredo, 72 – Bom Fim) ao preço de R$ 35,00 (primeiro lote) e R$ 40,00 (segundo lote). Ambos lotes dão direito a um caneco da festa.

Mais informações e detalhes sobre como chegar ao local podem ser obtidos neste link.

sábado, 28 de julho de 2012

E a Free Beer está pronta para beber


Pouco mais de um mês depois da brassagem, a Free Beer está pronta para ser degustada.

Foram produzidos três estilos diferentes desta cerveja:

  • American Pale Ale com guaraná: produzida por Antônio Salimen e Bruno Dal Pizzol
  • Red Ale com Guaraná: produzida pelo Clube de Cervejeiros Caseiros Caverna dos Ogros
  • Blonde Ale com Guaraná: produzida por mim


APA, Red Ale e Blonde Ale (foto de Vinícius Dutra - PROGE)

Não pude bebê-la ainda para saber o resultado final, mas segundo informações que tive, pelo menos um membro da Caverna dos Ogros (Rafael Diefenthäler) provou e não identificou nenhum defeito grave (o que, obviamente, não quer dizer que não existam defeitos). :-)

Enfim, como era minha segunda brassagem eu já sabia que minha Free Beer não seria uma Delirium TremensO que me tranquilizou é que aparentemente a mesma não tem o sabor metalizado (isso era o que mais me preocupava, já que não havia feito a oxidação passiva das panelas quando fiz esta brassagem), pois, caso contrário, creio que isso teria sido percebido logo, como pudemos observar na minha primeira weiss.

Agora é hora de provar os três estilos de Free Beer produzidos. Assim que degustá-las postarei sobre o assunto, publicando inclusive as receitas para que os interessados possam também fazer sua Free Beer em casa. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eventos: 1° Encontro Aberto CERVASINOS e I IPA Day Acerva Gaúcha

Nas próximas semanas teremos dois eventos muito interessantes para quem gosta de cervejas artesanais.

1º Encontro Aberto Cervasinos

O primeiro deles é o 1º Encontro Aberto CERVASINOS, que ocorrerá no domingo, 26 de agosto, em São Leopoldo.

Segundo informações do blog da Cervasinos: "Nesse encontro, vários cervejeiros artesanais estarão reunidos, disseminando a cultura cervejeira e expondo para degustação suas cervejas ao público. Será uma ótima oportunidade para os interessados e aficionados por cervejas estarem trocando ideias e experimentando os diversos estilos de cervejas que estarão sendo oferecidos."

Acredito que será um evento nos moldes do Encontro Aberto da Acerva Gaúcha, onde a interação dos cervejeiros com o público em geral é parte da atração.

Vale a pena conferir.

Data: 26 de agosto de 2012
Horário: das 12 às 17 horas
Local: Espaço de Eventos Barril - Av. São Borja, 3125 - São Leopoldo/RS.

Mais informações e detalhes sobre a venda dos ingressos podem ser obtidos aqui.

I IPA Day Acerva Gaúcha

Outro evento que ocorrerá em breve será o tradicional workshop da Acerva Gaúcha, voltado para aqueles que pretendem iniciar a produção de cerveja caseira.


A diferença dos workshops anteriores é que nesta edição o evento ganhou o nome de I IPA Day da Acerva Gaúcha, e, além da tradicional parte técnica que abrange palestra e brassagens coletivas, o evento, que será voltado para cervejas India Pale Ale, contará com a degustação de cervejas deste estilo que foram produzidas pelo pessoal da Associação.

Imperdível para quem gosta de cervejas lupuladas.

Data: 01 de setembro de 2012
Horário: das 08:30 às 17 horas
Local: CTG Maragatos - Rua Ouro Preto, 408-A - Porto Alegre/RS

Mais informações e detalhes sobre as inscrições podem ser obtidos aqui.

sábado, 14 de julho de 2012

A segunda weiss

Dez dias depois de engarrafar a segunda produção de weiss, eis que chegou a hora de degustá-la.

Para começar, tenho de dizer que a segunda weiss ficou muito superior a primeira. A sensação metálica, percebida na primeira produção, não existe mais, assim como a adstringência, que também desapareceu. Já é possível perceber algumas nuances clássicas das demais cervejas weiss existentes no mercado.

O aroma ficou agradável e a espuma ficou cremosa, mas ainda não muito persistente (um maior tempo de carbonatação deve melhorar este ponto, assim possivelmente as próximas a serem degustadas já terão corrigido esta questão). O sabor ficou gostoso e o amargor adequado para o estilo. No entanto, a cerveja aparentemente ficou bastante alcoólica, pois uma única garrafa de 500ml foi o suficiente para "dar um brilho nos olhos", como costuma dizer um amigo meu. :-)

Gostei bastante desta cerveja e finalmente fiquei feliz com o resultado. Isso não quer dizer que não existam pontos no processo que precisam ser melhorados e que a cerveja não deva ficar ainda mais saborosa. A verdade é que ainda há um longo caminho a ser trilhado, mas é MUITO BOM perceber que estamos andando na direção correta.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Chimay Cinq Cents

O post de hoje é um breve relato sobre a Chimay Cinq Cents, cerveja que foi harmonizada com a mais recente receita postada no blog.

A Chimay Cinq Cents é uma cerveja trapista, fabricada pela Chimay Brewery na Abadia Notre-Dame de Scourmont, um monastério da Ordem Trapista, localizado na Bélgica. Famosa por suas cervejas e seus queijos, a Chimay (pronuncia-se Chimé) já foi até matéria no Globo Rural (veja a reportagem aqui).

Como todo boa cerveja tripel, a Cinq Cents tem uma graduação alcóolica mais elevada e é bastante encorpada (entenda mais sobre o conceito de cerveja encorpada neste post), atendendo as expectativas de quem aprecia este estilo. 

Com aroma levemente frutado e com notas de laranja, a Cinq Cents, que possui uma espuma muito cremosa, tem final adocicado e um amargor delicioso e bem pronunciado que se prolonga na boca. 

Recomendo!

Curiosidade: a Chimay Cinq Cents é a versão em garrafa de 750ml da Chimay Triple.


  • Nome: Cinq Cents
  • Estilo: Belgian Tripel
  • ABV: 8% 
  • País de origem: Bélgica
  • Cervejaria/Grupo: Chimay Brewery
  • Temperatura ideal para consumo: 6C a 8C



domingo, 8 de julho de 2012

Polvo com molho verde e batatas ao murro

Depois de mais de um mês sem posts culinários, eis que estamos de volta, e o prato de hoje é Polvo com molho verde e batatas ao murro.


Ingredientes

  • 1 polvo de aproximadamente 1Kg
  • 3 tomates
  • 1 pimentão vermelho
  • 1 pimentão amarelo
  • 1 cebola
  • Sal à gosto
  • Pimenta do reino (branca e preta) moída
  • Azeite de oliva
  • 800 gramas de batata baby 
  • 1 Molho de cebolinha verde
  • 1 Molho de salsinha
  • 2 limões

Como faz?

Corte o polvo em pedaços (guarde a bolsa de tinta para uma outra receita, pois ela não será aproveitada nesta). Pique os tomates (retirando a pele e as sementes), os pimentões e a cebola em pedaços grandes. Coloque na panela o polvo, os tomates, os pimentões, a cebola, suco de um limão e bastante azeite (aproximadamente 150ml). Adicione sal à gosto e a pimenta do reino (se possível moída na hora da adição). Deixe o polvo cozinhar por aproximadamente uma hora.

Enquanto isso lave as batatas e seque-as. Após, coloque-as em uma forma, adicione uma pitada de sal sob as mesmas e regue com azeite de oliva, levando então ao forno. Vire as batatas após meia hora para que elas cozinhem de forma homogênea. Após cinquenta e cinco minutos de cozimento baixe o fogo do forno.

Ao final do cozimento do polvo, coloque-o em um refratário juntando as batatas. Não utilize o caldo e os legumes do cozimento. Volte ao forno por mais quinze minutos.

Para fazer o molho coloque em um mixer a cebolinha, a salsinha, o suco de um limão, sal, pimenta do reino (moída na hora, novamente). Vá acrescentando o azeite com parcimônia até criar a consistência de um molho.

Servindo

Sirva o molho e cubra-o com o polvo e as batatas. 

Minha dica (e que a Renata não me leia): faça um arroz e cubra-o com os legumes utilizados para cozimento do polvo. Fica muito bom. :-)

E a cerveja?

A Renata já havia dito anteriormente que a cerveja ideal para acompanhar este prato seria a Chimay Cinq Cents e, apesar de ser suspeito, tenho de dizer que a escolha foi perfeita, pois foi possível apreciar todos as nuances da cerveja e do prato sem que qualquer dos elementos se sobressaísse.


Ao beber a cerveja conseguimos perceber seu aroma frutado e seu leve toque de laranja, com um final adocicado e um amargor delicioso e bem pronunciado. Ao saborear o prato, a acidez do molho realizava uma limpeza no paladar, permitindo que o mesmo fosse degustado plenamente. 

Ponto para a Renata pela bela harmonização. 

Bom apetite!!!

sábado, 7 de julho de 2012

Degustando a primeira weiss e envasando a segunda

Depois de 14 dias de fermentação entre 16 e 20 graus e mais 7 dias de carbonatação na garrafa entre 23 e 27 graus (temperatura não muito adequada), finalmente a primeira produção de Weiss foi degustada.

Bem carbonatada e com coloração adequada
Admito que perceber que minha primeira cerveja era "bebível" me deixou muito feliz, mas não fiquei satisfeito com o resultado final pois sei que ela poderia ter ficado muito melhor (ok, eu sei que eu não podia esperar que ela ficasse igual a Paulaner - pelo menos não desta vez :-) ). 

A Weiss ficou com um aroma interessante, mas há algo mais nele que não consegui identificar e que não me agrada. Ela ficou refrescante, mas com um excesso de amargor, possivelmente devido a baixa produção final (15 litros para uma receita de 25l) que deve ter contribuído para o destaque do lúpulo (eu gosto de cervejas lupuladas, mas na minha opinião, ela não ficou muito agradável ao paladar). 

O que mais me incomodou foi a adstringência (obrigado ao Chico pela observação) e um sabor metalizado que se prolonga no fundo da boca e na garganta após o término do copo (talvez tenha relação com o aroma não identificado que percebo). Dois fatores podem ter tido influência neste problema: falta de oxidação passiva das panelas (desconhecia completamente a necessidade) ou excesso de iodofor na sanitização dos equipamentos e garrafas.

Estas são lições a serem aprendidas, mas produções caseiras tem disso: fazendo e aprendendo.

Transferindo a cerveja para outro fermentador para fazer o priming
A segunda produção de Weiss, que já corrigiu alguns erros na primeira, mas onde novas falhas no processo, até então desconhecidas, foram descobertas (veja na foto acima a possível oxidação da cerveja na transferência inadequada para outro fermentador - mais um procedimento a ser aprimorado na próxima produção), foi engarrafada após 9 dias de fermentação, apenas 2 dias após o final da fermentação primária, pois o calor inesperado e a falta de equipamentos para manter a cerveja em uma temperatura controlada aceleraram o processo (para fazer cerveja no verão uma geladeira com um termostato digital TIC será indispensável). 

A segunda Weiss teve densidade inicial de 1048 (OG) e densidade final de 1007 (FG), e deve ficar com 5.5% ABV. Ela ficou bem mais aromática (devido a não realização da fermentação secundária?) e já esta carbonatando a todo vapor. Com a frente fria que chegou é possível que só possamos degustá-la lá pelo final da próxima semana, mas terei de testá-la antes, como fiz da primeira vez, mas isso é papo para um futuro post.

sábado, 30 de junho de 2012

Fim de semana cervejeiro - FreeBeer, envase e segunda produção de Weiss

O fim de semana passado foi totalmente cervejeiro.

Sábado, 23 de junho - Brassagem da Free Beer


O sábado foi dia da brassagem da Free Beer, em conjunto com o pessoal da Acerva Gaúcha e da PROGE.


Foram produzidos mais de 100 litros cerveja, distribuídos em duas receitas diferentes de Ale com guaraná, que serão publicadas em breve. 

O processo, que começou pela manhã, foi finalizado somente no final da tarde. Durante a brassagem foi realizada uma palestra sobre cerveja ministrada por Leonardo Sewald, da Cervejaria Seasons.


Moagem do malte
Como era minha segunda brassagem e utilizei meus próprios equipamentos, esta foi uma excelente oportunidade para corrigir os erros da primeira produção, aprender novas técnicas e aprimorar as anteriormente utilizadas. As dicas do pessoal da Acerva Gaúcha esclareceram várias questões que ainda me causavam dúvidas.


Recirculação automática do mosto (equipamento do Clube Cervejeiro Caverna dos Ogros)
Além disso, como os equipamentos e técnicas utilizados foram os mais variados, foi possível perceber onde seria necessário realizar investimentos para que o processo fosse aprimorado.


Ao final do dia, depois de muito trabalho, diversão, churrasco e muita cerveja artesanal (DAPA e Stout da Caverna dos Ogros e IPA do homebrewer Antônio Salimen), fui para casa com a sensação de missão cumprida e com a certeza de que a nova brassagem do domingo seria muito melhor do que a primeira.

Sábado, 24 de junho - Envase da primeira produção e segunda brassagem de Weiss


Domingo foi um dia muito cansativo e corrido. A ideia de realizar o envase da primeira produção junto com a brassagem da segunda produção deu mais trabalho do que eu imaginava e já decidimos que da próxima vez os procedimentos serão realizados em dias diferentes.

A primeira produção, que rendeu 15 litros (de um total inicial previsto de 25 litros), foi envasada e já está carbonatando (OG 1052, FG 1014, 5,1% ABV). Se a temperatura se manter elevada, possivelmente estaremos degustando-a a partir da próxima terça-feira, 03 de agosto.

A primeira leva de Weiss
Carbonatando
Já a segunda produção foi realmente mais eficiente do que a primeira. Com a correção de alguns erros realizados anteriormente e com o aprimoramento das técnicas (além de alguns pequenos investimentos), foi possível obter 19 litros de Weiss (OG 1048, um pouco abaixo do esperado, com ABV previsto de 4,5%), que serão envasados assim que a fermentação primária for finalizada, para tentar manter o aroma de banana que se dissipou na primeira leva, após a fermentação secundária. 


Agora é preciso ter paciência e aguardar a levedura fazer o seu trabalho (tanto nas garrafas quanto como no balde fermentador). Também é hora de iniciar o planejamento da nova produção, que agora deve ser uma witbier (seguindo esta receita do pessoal da Acerva Paulista).

E, para finalizar o dia de domingo, é claro que não podia faltar o pão cervejeiro (veja a receita aqui), afinal nem só de cerveja vive o homem. 



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Curso de Fabricação Caseira de Cerveja e Manipulação de Fermento Cervejeiro

A dica de hoje é o curso de Fabricação Caseira de Cerveja e Manipulação de Fermento Cervejeiro.

O curso, com duração de 20 horas, tem como objetivo ensinar o público em geral sobre os processos e insumos para fabricação de cerveja em escala doméstica, bem como a manipulação e correto uso do fermento cervejeiro. 

Ministrado pelo Profº. Glauco da Silva Caon (Cervejaria Anner) o curso abordará os seguintes temas:


  • Introdução ao processo de produção de cervejas no Brasil e no mundo;
  • Histórico da produção de cervejas no Brasil e no mundo;
  • Classificação das cervejas;
  • Tipos de cervejas;
  • Matérias primas;
  • Adjuntos de fabricação;
  • Tipos de fermento cervejeiro;
  • Manipulação e programação de fermento cervejeiro;
  • Processamento da cerveja;
  • Demonstração prática do processo de produção de cerveja.

O que?
Curso de Fabricação Caseira de Cerveja e Manipulação de Fermento Cervejeiro.

Onde?
PUCRS

Quando?
De 13 a 17 de agosto de 2012, das 18 às 22 horas.

E como faço para me inscrever?
As inscrições vão de 26/06/2012 a 12/08/2012 (pelo site somente até 08/08/2012). O valor é de R$ 90,00 para o público em geral, mas existem valores diferenciados.

Se quiser maiores informações ou desejar inscrever-se, clique aqui

Nos vemos lá. ;-)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Free Beer e o fisl 13


E amanhã é dia de mais uma brassagem, e a cerveja da vez é a FREE BEER

Para quem não conhece, a FREE BEER é uma Ale com adição de guaraná, cuja receita é publicada sob uma licença Creative Commons (Attribution-ShareAlike 2.5), o que significa que qualquer um pode usá-la para fazer sua própria FREE BEER ou criar uma receita derivada da mesma. Não existem restrições a ganhos financeiros com a FREE BEER (o conceito é de free as in freedom), mas a receita deve ser publicada sob a mesma licença e devidamente creditada.

Pois bem, como o fisl 13 está chegando, e a FREE BEER se identifica com o conceito do mesmo, o pessoal da PROGE decidiu fazer a primeira produção gaúcha desta cerveja, totalizando 150 litros que serão consumidos em um evento da empresa que ocorrerá durante o período do fórum.


E, para ajudar nesta empreitada, alguns membros da Acerva Gaúcha resolveram se unir a causa e participar dessa brassagem (os nomes confirmados até o momento são Felipe Ghellar e Liliane Lewis Xerxenevsky da Caverna dos Ogros e Leonardo Sewald, mestre cervejeiro da Cervejaria Seasons, que irá palestrar sobre a produção de cerveja caseira).

Eu também estarei lá realizando a brassagem de aproximadamente 30 litros da FREE BEER. Em breve um post sobre a aventura. :-)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dica de livro: Tasting Beer


A dica de hoje é um excelente livro para todos que desejam entender e aprender mais sobre cerveja e tudo que envolve esta bebida fantástica.

Em Tasting Beer (Storey Publishing, sem versão lançada no Brasil), o autor Randy Mosher, que escreve sobre cervejas desde 1989, e já possui três livros publicados sobre o tema (The Brewers Companion - 1991, Radical Brewing - 2004 e Tasting Beer - 2009) disseca o universo cervejeiro.

Membro da Chicago Beer Society, cervejeiro caseiro e com mais de 20 anos de envolvimento na área, Randy Mosher conseguiu produzir um livro "técnico", repleto de imagens e gráficos que complementam perfeitamente o conteúdo do mesmo, tornando a leitura agradável e atraente.

Iniciando com a história da cerveja, o livro se propõe a abranger todos os aspectos da "bebida que salvou o mundo" , tratando dos mais variados assuntos, como:

  • Avaliação sensorial da cerveja: como o paladar, o visual e os aromas podem transformar a experiência de degustação de uma cerveja em algo indescritível;
  • Fabricação da cerveja: entendendo como a água, o malte, o lúpulo e a levedura contribuem no estilo e na fabricação de uma cerveja de qualidade;
  • Qualidades da cerveja: gravidade, teor alcoólico, coloração, espuma, transparência e carbonatação de uma cerveja;
  • Degustação e avaliação: como degustar, avaliar e ser um avaliador profissional em concursos (saiba mais sobre o  Beer Judge Certification Program - BJCP). Para maiores informações sobre as diretrizes de estilo do BJCP acesse este link;
  • A apresentação da cerveja: temperaturas, copos, envelhecimento de cervejas;
  • Harmonizando cervejas com refeições (zitogastronomia);
  • Estilos: análise de estilos de cervejas;
É importante também citar a existência de um capítulo específico sobre a cerveja artesanal na América, leia-se Estados Unidos, país que além de resgatar muitos estilos de cerveja abandonados há anos, tornou-se referência pela sua criatividade e pelo arrojo de seus cervejeiros (assunto que merece um post específico).

Tasting Beer é um "must read" para quem gosta de #cervejadeverdade e quer aprender e entender mais sobre essa bebida, que infelizmente em nosso país foi tão maltratada ao longo dos anos, e que finalmente parece estar recebendo a atenção merecida.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Timmermans Strawberry Lambic

A cerveja de hoje é a Timmermans Strawberry, uma cerveja belga do estilo lambic com sabor de framboesa. 

Lambic é um estilo cerveja de fermentação espontânea, típico da Bélgica, onde o fermento não é adicionado diretamente ao mosto lupulado. Ao invés disso, após o mosto lupulado esfriar ele é deixado em um recipiente aberto, exposto as leveduras "selvagens" para que elas possam fazer seu trabalho.


Ao servi-la (preferencialmente em um copo do tipo flauta), o forte aroma de framboesa exala pelo ar e pode ser rapidamente percebido. Observando o copo fica então uma sensação visual de que estamos degustando um belo espumante (exceto pela grande quantidade de espuma) ao invés de uma cerveja. A espuma, que é consistente e cremosa, mantém-se até o final, de uma forma bem característica.



A Timmermans Strawberry já no primeiro gole remete-nos a um chá de frutas vermelhas (gaseificado e alcoólico), no estilo Dr. Oetker Frutas Vermelhas ou mesmo Dr. Oetker Flores & Frutas Sabor Silvestre (como pôde ser bem observado pela Renata), não só pelo seu aroma como também pelo sabor. Obviamente frutada, levemente adocicada e bastante ácida, não é possível perceber amargores de lúpulo nesta, mas, ao final, uma sensação seca e um amargor persistente (típico do chá) ficam no fundo da boca.



Uma experiência realmente diferente, que irá agradar a quem gosta de cervejas pouca amargas ou frutadas. Mas tenha em mente que uma cerveja lambic é muito diferente de qualquer outra cerveja que você já tenha bebido.


  • Nome: Timmermans Strawberry
  • Estilo: Lambic
  • ABV: 4% 
  • País de origem: Bélgica
  • Cervejaria/Grupo: Timmermans
  • Temperatura ideal para consumo: 0C a 4C

Mais informações: Site da Timmermans


domingo, 3 de junho de 2012

Cerveja caseira - a primeira weiss

Alguns dias sem post no blog, mas a causa é nobre.

Hoje, eu e minha sogra fizemos nossa primeira cerveja caseira. Resolvemos fazer uma cerveja Weiss, que é um estilo que agrada-nos muito. Apesar deste estilo não ser o mais indicado para um iniciante (tenho minhas dúvidas quanto a isso), acreditamos que era preciso fazer algo que realmente gostássemos de beber.

Assim, durante toda a semana passada fiquei estudando os processos e quais equipamentos deveriam ser comprados. Finalmente, na sexta-feira passada, o equipamento que foi adquirido na WE Consultoria foi entregue.

A receita

Adotamos uma receita que foi publicada pelo Paula Dalla Santa no Hopville. A mesma foi feita pelo Felipe Ghellar em uma brassagem coletiva da Acerva Gaúcha em 2011. Como a receita original era para 60 litros, adaptamos e recalculamos a mesma pois nossa intenção era fazer apenas 25 litros.

Ingredientes:
  • 3,33 Kg de malte de trigo
  • 2,5 Kg de malte pilsen
  • 20 gr de lúpulo Mt. Hood (6.9 AA)
  • 1 pacote de fermento WB-06

Com a ajuda do Paulo, do Felipe e de vários membros da lista Cerveja Artesanal POA, nasceu então a "Hack Hartmann Weissbier", nome da nossa primeira cerveja, cujo logo temporário eu já havia criado no Labeley.com.

O processo

Para a primeira brassagem acredito que nos saímos bem. Pecamos em alguns pontos, mas iremos corrigí-los na próxima cerveja. 

O primeiro erro foi que deveríamos ter realizado a lavagem dos grãos com mais água. Tal erro fez com que nossa produção caísse para aproximadamente 17 litros, o que provavelmente deixará a cerveja mais alcoólica e mais amarga do que o previsto (OG inicial 1058). 

O segundo erro foi na remoção do líquido da panela de fervura para o fermentador. Não percebemos a falta de uma peça no equipamento e acabamos levando um pouco de trub para o fermentador.

O terceiro erro (e que talvez não seja um erro) é que achamos que não daria tempo de reidratar o fermento e acabamos por colocá-lo direto do pacote no líquido. Há controvérsias sobre isso ser um problema ou não.

Dia 08 de julho saberemos o resultado final. 

Mas, neste intervalo, ainda teremos que transferir o líquido para outro recipiente para refrigerá-lo e, posteriormente, iremos fazer o engarrafamento, processos que serão assunto de novos posts.

Vamos lá. Fazendo e aprendendo!

Ficou curioso? Veja as fotos do processo aqui.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Hoegaarden Wit

A cerveja mais refrescante que já tomei: essa foi a sensação que tive ao degustar a Hoegaarden Wit, uma witbier que combina perfeitamente com os dias quentes de nosso verão (mas que devo acabar consumindo em qualquer época do ano, pois achei muito saborosa).

Clara e bastante turva, ao servir no copo a Wit lembra inicialmente as cervejas do estilo HefeWeissbier (Paulaner, Kaiserdom, Erdinger), mas a coloração mais esbranquiçada já demonstra tratar-se de uma cerveja diferente. No primeiro gole a sensação refrescante, muito mais acentuada do que nas cervejas Weiss, vem à tona, acabando com todas as dúvidas restantes. 

A percepção inicial deve-se basicamente ao fato de ambos estilos serem de cervejas não filtradas, com sedimentos (leia-se levedura), motivo pelo qual são turvas. Apesar de ambas utilizarem malte de trigo, uma das principais diferenças entre os estilos é que a witbier tem adição de especiarias como sementes de coentro e cascas de laranja (talvez estes sejam os grandes responsáveis pela forte sensação de refrescância).

Vencedora da World Beer Cup 2008, a Hoegaarden Wit é uma forte representante desse estilo clássico belga, também conhecido como Belgian-Style White, e que, localmente, é também representado pela  Fiona, produzida pela Caverna dos Ogros (saiba mais neste post), que, para dar um toque mais brasileiro conta com a adição de pimenta malagueta, proporcionando uma sensação picante que continua se manifestando na garganta após o término do copo. 

Com fermentação final na garrafa (saiba mais sobre o processo de fabricação neste link), a Wit garante uma carbonatação natural que junto a sedimentação, sabor suave, amargor médio e uma leve acidez faz desta cerveja uma opção atraente para quem gosta de uma cerveja leve e ao mesmo tempo saborosa.

Recomendo.
  • Nome: Hoegaarden Wit
  • Estilo: Witbier
  • ABV: 4,9% 
  • País de origem: Bélgica
  • Cervejaria/Grupo: Inbev
  • Temperatura ideal para consumo: 9C a 10C
  • Harmonizações recomendadas: frutos do mar e comidas leves 
Mais informações: Site da Hoegaarden

domingo, 27 de maio de 2012

Espaguete com mexilhões

Dando início aos posts culinários do blog, a receita de hoje é Espaguete com mexilhões.


Ingredientes 

  • Meio pacote de Espaguete Barrila número 7
  • 500gr de mexilhões
  • Uma cebola
  • Dois dentes de alho
  • Dois tomates maduros
  • Dois caldos de legumes
  • 50gr Manteiga
  • 50ml de vinho branco seco
  • Sal à gosto
  • Queijo parmesão à gosto

Como faz? 

Numa panela ferva 2,5 litros de água. Adicione uma pitada de sal, um fio de óleo e um caldo de legumes. Espere ferver e então coloque a massa na panela. Quando estiver al dente escorra a massa e prepare para servir. Em paralelo, vá preparando os mexilhões. 

Coloque sal à gosto nos mexilhões e reserve. Pique a cebola, os dentes de alho e os tomates. Coloque o alho, a cebola, a manteiga e o caldo de legumes restante na panela e deixe fritar, mexendo eventualmente para que não grudem no interior da mesma.

Quando a cebola estiver macia e dourada adicione o vinho e deixe evaporar, mexendo sempre. Após adicione os tomates picados. Assim que o tomate começar a desmanchar e o molho estiver ficando consistente, adicione os mexilhões, misture bem e deixe cozinhar em fogo alto por aproximadamente 10 minutos. 

Servindo

Para servir utilize um prato fundo. Sirva inicialmente a massa em ninhos e cubra a mesma com os mexilhões e o molho. Adicione o queijo parmesão ralado (de preferência na hora) e o tomate cereja. 

Algumas folhas de sálvia ou manjericão proporcionam um aroma delicioso e dão um toque refinado ao prato. 

Mas onde entra a cerveja? 

Como trata-se de um prato com sabor leve aconselhamos que seja servido com uma cerveja do estilo Kölsch (a Baldhead é excelente e, por ser nacional, é mais fácil de achar e tem um preço justo) ou então Weizenbier (Paulaner, Maisel's Weisse ou Erdinger são boas pedidas, mas existem também bons exemplares nacionais),  para que nenhum sabor fique muito pronunciado com relação ao todo. 

Sugere-se também que frutos do mar sejam harmonizados com cervejas do estilo Belgian Strong Ale, mas cremos que especialmente neste caso haveria um choque de sabores, que prejudicaria a degustação do prato.

VII Encontro Aberto da Acerva Gaúcha

Sábado, 26 de maio de 2012. Poderia ser somente mais um sábado qualquer, mas não era este o caso: ontem era o dia do VII Encontro Aberto da Acerva Gaúcha.

Com 3000 litros de cerveja disponíveis (distribuídos em mais de 100 cervejas de aproximadamente 40 estilos diferentes) para serem degustados pelos 1200 participantes presentes durante as 5 horas do evento, o encontro aberto foi novamente um sucesso. 

Chegamos no local e logo que o acesso foi liberado adentramos a Casa do Gaúcho, no Parque da Harmonia em Porto Alegre. Logo na entrada já pude perceber que o espaço estava mais amplo, com uma melhor disposição dos cervejeiros. Outra mudança percebida foi a colocação de mesas no centro do salão onde estavam dispostas bombonas de água mineral para que os participantes pudessem limpar o paladar antes de servir uma nova cerveja. Uma novidade muito útil e bacana também foram dois lavadores que estavam colocados próximos ao palco para permitir a lavagem dos copos.

Sentamos numa mesa próxima as cervejas e logo já fomos descobrir tudo de bom que o evento tinha para oferecer. Foi quando percebi outra mudança importante: grande parte das cervejas estavam dispostas de forma que o próprio participante pudesse se servir. Achei isso fantástico.

Dei então uma parada na Caverna dos Ogros e me servi da Fiona, uma witbier com pimenta malagueta que achei fantástica.

Fiona - Witbier com pimenta
Fiquei sabendo logo depois que a Fiona foi enviada para participar do VII Concurso da Acerva e espero que a mesma ganhe, pois gostei da inovação. Depois da Fiona, foi a vez de experimentar a Esquadrilha da Fumaça, uma Rauchbier da Cerveja Avião, do Sylvio Marmora, que me agradou bastante também. 

Enquanto degustava outra cerveja adquiri no local o meu exemplar da Revista da Cerveja, publicação trimestral que estava sendo lançada no encontro. Com um bom mix de matérias que incluem, entre outras coisas, reportagens sobre bares, análises sensorias e receitas/harmonizações, a revista, que custa apenas R$ 10,00, é uma excelente pedida para quem gosta de cerveja e quer saber mais sobre o assunto.

Uma cerveja aqui, outra cerveja ali, e logo em seguida, para dar uma amenizada na fome antes da chegada do almoço, foram servidos pães com alho e salsichões, que ajudaram a minimizar os primeiros efeitos do álcool.

Algumas cervejas depois e chegou o almoço: o churrasco servido foi um momento de pausa e um descanso para o fígado, mas logo em seguida já estávamos novamente apreciando as cervejas disponíveis.

Num evento deste porte, com tantos estilos diferentes sendo saboreados, é realmente difícil fazer uma degustação apurada das cervejas, mas vou tentar dar uma breve opinião do que achei das cervejas que tomei e do que mais me marcou em cada uma delas, já que o álcool com o passar do tempo começa a atrapalhar as percepções. 

As cervejas que tomei, além das citadas anteriormente, foram (não necessariamente nesta ordem):
  • Dunkel Weizen (Caverna dos Ogros): excelente cerveja, com um aroma de banana bem pronunciado. Lembrou-me a Weizenbock da Eisenbahn. Gostei tanto que fui obrigado a repetir duas vezes.
  • Belgian Honey Blonde (Gárgula): boa cerveja, com um sabor levemente diferenciado. Segundo meu cunhado, que conversou com o pessoal da Gárgula, garrafas podem ser encontradas eventualmente no Zaffari, colocadas nas prateleiras pelos próprios cervejeiros. :-)
  • Kölsch (Baldhead): outra cerveja que chamou minha atenção e foi repetida. Diferente da Kölsch da Eisenbahn, que na minha opinião é uma cerveja sem muito a acrescentar, esta Kölsch é realmente muito gostosa e merece seu degustada sempre que possível.
  • Weiss (Sideral): uma weiss "honesta".
  • Blonde Ale (Anner): boa cerveja do estilo, achei encorpada e gostosa.
  • Green Cow (Seasons): Recomendo para quem gosta de uma cerveja do estilo IPA. Lembrou-me um pouco a Colorado Indica. Forte e com um bom aroma de lúpulo. Excelente.
  • Cirilo (Seasons): uma Coffee Stout também muito boa, que me lembrou a Colorado Demoiselle, mas com aroma e sabor não tão pronunciado. Excelente.
  • DAPA (Caverna dos Ogros): uma Double American Pale Ale lupulada e encorpada.
  • Blonde Ale (Lucas Matzembacher): refrescante e gostosa.
  • Guaranale (Marcelo Minghelli): uma Ale com Guaraná que não agradou meu paladar, mas vale a experiência.
  • Pilsen (Spok Bier): uma Pilsen refrescante e suave. Para quem curte o estilo é extremamente recomendada.
  • Extra Viva (Coruja): já tomei por diversas vezes a Coruja Viva, mas nunca havia provado a Extra Viva. Confesso que fiquei decepcionado, pois todos me diziam que esta era muito melhor, o que eu não achei. Mas vou degustá-la em outra ocasião para verificar se não foi o efeito do álcool que atrapalhou meu julgamento. :-)
  • Maria Degolada (Anner): sempre se fala muito dessa BelgianTripel, que é a bebida oficial do Bierkeller. A cerveja é tão procurada e tem tanta fama que formou filas gigantes que acabaram com os 30 litros em menos de meia hora (o mesmo já havia ocorrido no VI Encontro Aberto). Em todas as fotos que já tinha visto, sempre tive a impressão de que a Maria Degolada era uma cerveja âmbar, e, acabei recebendo uma cerveja de cor amarelada, com um sabor gostoso, mas nada que justificasse toda a fama envolvendo a mesma. Merece uma nova degustação em outra ocasião para validar a opinião que ficou.
  • Weiss (Lagom): uma das primeiras cervejas que provei, a Weiss do Lagom não me agradou, talvez por não ser como eu esperava. Quando você gosta de algo (e eu gosto de cerveja Weiss), as expectativas podem às vezes atrapalhar, o que pode ter sido o caso.
  • Oatmeal Stout (Caverna dos Ogros): forte, encorpada e com um ótimo amargor. Recomendo.
  • Santaclaus Imperial IPA2 (Thiago Santos):  essa IPA de 1200 IBUs foi realmente uma experiência inédita devido a seu forte amargor. Tomei alguns goles mas não consegui finalizar o copo. No final o forte e delicioso aroma do lúpulo que ficou no copo fez com que eu ficasse cheirando ele por alguns minutos. :-)
E, quando menos se esperava, cinco horas já haviam se passado e o evento estava chegando ao seu final, deixando um gostinho de quero mais, e um até outubro, quando deverá ser realizado o VIII Encontro Aberto.

Mas, enquanto outubro não chega, a pedida é degustar as cervejas artesanais locais nos bares, restaurantes e botecos da cidade. É só ficar de olho.

Lembranças do encontro

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comemorando o Dia Nacional do Café: Colorado Demoiselle

No Dia Nacional do Café nada mais apropriado do que degustar uma Colorado Demoiselle. Essa porter, com adição de café da região da Alta Mogiana, é uma das mais interessantes cervejas escuras que já provei.

Fabricada em Ribeirão Preto, a Demoiselle, assim como as demais cervejas produzidas pela Cervejaria Colorado prima pela criatividade e pelo sabor diferenciado, o que a torna uma degustação obrigatória para quem gosta de cervejas, principalmente escuras (não é à toa que ela é uma das poucas cervejas brasileiras listadas no livro "1001 cervejas para beber antes de morrer").

A experiência sensorial da Demoiselle inicia-se já na abertura da garrafa, quando as primeiras notas de café são reveladas. No primeiro gole é possível perceber o aroma e o sabor persistente do café que irá se manter até o final do copo. Percebe-se também uma leve doçura, e, no final das contas, uma sensação de que estamos tomando um cafezinho gelado, gaseificado, amargo e extremamente gostoso. Além disso, ao final de cada gole o amargo do café se mantém no fundo da boca, garantindo uma experiência ainda mais interessante.

A versão de 600ml pode ser encontrada nos bares e botecos de Porto Alegre por aproximadamente R$ 18. Mas, se você preferir apreciá-la em casa, ela pode ser encontrada na Costi Bebidas por aproximadamente R$ 12 (versões de 330ml também estão disponíveis). É bem provável que você possa encontrá-la também na MaltStore e nos quiosques do Mr. Beer e Beer Code

Sirva num copo do tipo Caldereta e seja feliz. :-)

Não tem a Caldereta? Improvise com um Dublin.

  • Nome: Colorado Deimoselle  
  • Estilo: Porter  
  • ABV: 6% 
  • País de origem: Brasil 
  • Cervejaria/Grupo: Colorado  
  • Temperatura ideal para consumo: 6C a 12C 
  • Harmonizações recomendadas: acompanha sobremesas, especialmente chocolates (principalmente amargo). Ou pode ser servida como a própria sobremesa.

1001 cervejas para beber antes de morrer

 Mais informações: Página da Demoiselle

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eisenbahn Pale Ale

Para deixar um pouco de lado as cervejas frutadas e mais adocicadas sobre as quais venho postando nos últimos dias, resolvi então abrir uma Eisenbahn Pale Ale. 

A Eisenbahn Pale Ale, diferente das últimas Ales degustadas, é uma cerveja de uma doçura quase imperceptível e de um amargor mais pronunciado, que persiste na boca mesmo após o último gole. 

Apesar de não estar na lista das minhas cervejas preferidas, ela é, como diz um amigo meu, uma "cerveja honesta", e me parece uma boa pedida para ser apreciada num happy hour ou numa roda de amigos. 

Eu arriscaria dizer até que ela é uma cerveja ideal para substituir as cervejas lager "de massa" nos eventos mais cotidianos, principalmente se levado em conta o seu custo mais acessível (menos de R$ 4 no Zaffari/Bourbon).

Resumindo: uma boa cerveja, sem frescuras.
  • Nome: Eisenbahn Pale Ale 
  • Estilo: Pale Ale 
  • ABV: 4,8% 
  • País de origem: Brasil 
  • Cervejaria/Grupo: Eisenbahn/Nova Schin 
  • Temperatura ideal para consumo: 5C a 7C
  • Harmonizações recomendadas: salsichas em geral, chucrute, carnes vermelhas (como carneiro com alecrim e costela de porco assada ou grelhada), frango assado com ervas, peru e pratos com condimentação média.
Mais informações: Site da Eisenbahn

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Eisenbahn Strong Golden Ale

A Eisenbahn Strong Golden Ale é o tipo de cerveja que faz minha cabeça. Com uma coloração dourada convidativa e um aroma levemente frutado, ela possui um sabor adocicado que é logo compensado pelo amargor balanceado do lúpulo, numa combinação muita bem sucedida de sabores.

Com teor alcoólico elevado (8,5% ABV), é uma cerveja ideal para dias mais frios, quando, pelo menos na minha percepção, o clima contribui para o consumo de bebidas alcoólicas mais fortes.

Na minha opinião a Strong Golden Ale é uma das melhores cervejas da Eisenbahn (as outras são a Weizenbock e a Rauchbier), e, assim como os demais exemplares da cervejaria catarinense tem preços acessíveis se comparados com as concorrentes de mesmo estilo, ainda mais se levarmos em consideração as cervejas importadas. No Zaffari/Bourbon é possível comprar uma Strong Golden Ale por menos de R$ 5, o que a torna uma ótima opção para quem quer uma cerveja encorpada e com sabor delicioso.

Assim como a Leffe Blonde, por ser uma Belgian Ale, a degustação em uma taça (tulipa) ou em um cálice trapista permite uma melhor apreciação da cerveja, pois facilita a liberação dos aromas da mesma (saiba um pouco mais sobre cervejas e seus respectivos copos neste link).
  • Nome: Eisenbahn Strong Golden Ale 
  • Estilo: Belgian Strong Ale 
  • ABV: 8,5% 
  • País de origem: Brasil 
  • Cervejaria/Grupo: Eisenbahn/Nova Schin 
  • Temperatura ideal para consumo: 3C a 5C
  • Harmonizações recomendadas: frutos do mar, ostras, comida indiana e tailandesa.
Mais informações: Site da Eisenbahn

VII Encontro Aberto da Acerva Gaúcha - é no próximo sábado

No próximo sábado, 26/05, ocorre mais um Encontro Aberto da Acerva Gaúcha (Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul) e confesso que estou muito ansioso para participar novamente e degustar as cervejas que estarão disponíveis no local.

Apesar deste ser o segundo encontro aberto que participo fiquei muito impressionado com a edição anterior, tanto pela variedade quanto pela qualidade das cervejas disponibilizadas (não serei hipócrita em dizer que gostei de todas que tomei, é claro), com muitos estilos que eu ainda não havia provado na época. E, além disso, para acompanhar as cervejas foi servido um ótimo churrasco, o que deve ocorrer novamente nesta edição.

No VII Encontro já estão previstos mais de 2500 litros de cervejas (do quais mais de 1800 litros são produzidos por  cervejeiros caseiros e clubes cervejeiros) que estarão distribuídos em aproximadamente 40 estilos diferentes. Um detalhe interessante (pelo menos para mim) é que algumas destas cervejas tiveram sua brassagem realizada no workshop de 21/04, o qual participei, e será uma experiência nova degustar uma cerveja cuja parte da produção eu pude acompanhar de perto.

Pressinto que, por falta de tempo, e também de fígado para processar tanto álcool, como já ocorrido no encontro anterior não conseguirei tomar todas as cervejas oferecidas, mas c'est la vie, não faltarão outros encontros e outras oportunidades, não é mesmo? :-)

Um detalhe interessante é que os mil ingressos disponibilizados esgotaram-se 10 dias antes do evento, o que demonstra a força da cerveja artesanal e o interesse crescente do público por cervejas "especiais", o que é ótimo tanto para os consumidores quanto para os cervejeiros.

Se você ficou curioso sobre o evento e quer saber mais sobre o mesmo, acesse a página do encontro no site da Acerva Gaúcha. E, se você perdeu esta edição não fique triste, porque em outubro tem mais.

Semana que vem posto as fotos e meus comentários sobre o Encontro.